Antigamente o ritual eucarístico era designado pelas expressões: “fracção do pão” (Act 2, 42; 20,7), “ceia do Senhor”, “ação”, “oblação”, “sacrifício” ou “sacrifício eucarístico”. Após os ritos iniciais de Louvor, Kyrie, Glória, Leituras Bíblicas etc., os catecúmenos eram despedidos com a palavra “missio” pois lhes era vedado participar da liturgia eucarística.
É pois da palavra “MISSIO” que deu orígem ao nome MISSA. “O nome “Missa” não se deve a Pascásio Radberto.
É uma palavra latina equivalente a missio (missão ou envio); significava a despedida ou o envio dos catecúmenos para fora da igreja, quando terminava a homilia ou a liturgia da Palavra. Aos catecúmenos não era permitido participar da Eucaristia propriamente dita, pois ainda não haviam sido batizados. O nome Missa, que designava tal momento da liturgia, foi no século IV aplicado a todo o rito eucarístico, de modo que este hoje se chama Missa.
O primeiro a usar a palavra Missa no sentido atual foi provavelmente S. Ambrósio (+ 397) na epístola 20,4. S. Agostinho (+ 430) escrevia: “Eis que após o sermão se faz a missa (= despedida) dos catecúmenos; ficarão apenas os fiéis batizados” (serm. 49,8). Foram introduzidas algumas alterações secundárias entretanto, o cânon (parte central e invariável da Missa) encontrava-se já substancialmente em Santo Ambrósio e propriamente com o Papa Gelásio (Século IV).
A missa pontifical já tinha o formato definitivo com São Gregório Magno (século VI). E a base para o Missal de São Pio V foi o “Missal da cúria romana”, do século XIII. (Amiot, François, A Missa e sua história, Ed. Flamboyant, 1958).
Fonte: Cai a farsa.