Nova pesquisa ainda mostrou que, em ambos os sexos, a vida conjugal também aumenta a chance de sobrevivência após um ataque cardíaco
Uma nova pesquisa feita na Finlândia revela que pessoas casadas são menos propensas do que as solteiras a ter um ataque cardíaco e apresentam maiores chances de se recuperar caso sofram algum evento do tipo. O estudo, publicado nesta quinta-feira na revista European Journal of Preventive Cardiology, é mais um a colaborar com a ideia de que o casamento pode ser um dos segredos para garantir uma boa saúde do coração, já que trabalhos recentes vêm observando que indivíduos que vivem com um parceiro tendem a ser mais saudáveis do que quem vive sozinho.
CONHEÇA A PESQUISA
TÍTULO ORIGINAL: Prognosis of acute coronary events is worse in patients living alone: the FINAMI myocardial infarction register
ONDE FOI DIVULGADA: revista European Journal of Preventive Cardiology
QUEM FEZ: Aino Lammintausta, Juhani KE Airaksinen, Pirjo Immonen-Räihä, Jorma Torppa, Antero Y Kesäniemi, Matti Ketonen, Heli Koukkunen, Päivi Kärjä-Koskenkari, Seppo Lehto e Veikko Salomaa
INSTITUIÇÃO: Universidade de Turku, Finlândia
DADOS DE AMOSTRAGEM: 15.330 pessoas com mais de 35 anos de idade
RESULTADO: Em ambos os sexos, o risco de ataque cardíaco e também a taxa de mortalidade em decorrência do evento é menor entre os casados do que entre solteiros
A pesquisa foi feita na Universidade de Turku, na Finlândia, e se baseou nos dados de 15.330 pessoas com mais de 35 anos que já haviam sofrido algum evento cardíaco agudo, fatal ou não fatal. Quase metade desses participantes morreu no período de 28 dias após o ataque cardíaco.
De acordo com o estudo, homens solteiros de todas as idades tiveram um risco de 58% a 66% maior de sofrer um ataque cardíaco do que os casados. Para as mulheres, os benefícios do casamento foram até maiores: as solteiras foram 60% a 65% mais propensas a sofrer eventos coronarianos do que as casadas. Além disso, a vida conjugal também reduziu consideravelmente a mortalidade por ataque cardíaco. Entre homens solteiros, o risco de morrer em até 28 dias após um infarto foi entre 60% a 168% maior em comparação com os casados. Para as mulheres, ser solteira elevou essa chance em 71% a 175%.
Motivos — De acordo com os pesquisadores, esses resultados podem ser explicados, em parte, pelo fato de que pessoas casadas tendem a apresentar hábitos mais saudáveis, além de possuírem uma rede de apoio mais ampla. "O pedido de ajuda para um paciente que está tendo algum problema cardíaco foi feito mais rapidamente e com mais frequência entre pessoas que eram casadas ou que viviam juntas”, dizem os autores. Eles também consideram que fatores psicológicos da satisfação conjugal podem interferir na saúde cardíaca. "Sabe-se que as pessoas solteiras são mais propensas a sofrer depressão e, segundo um estudo anterior, a depressão parece ter um efeito adverso sobre as taxas de mortalidade cardiovascular", diz Aino Lammintausta, que coordenou a pesquisa.
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(Com agência France-Presse)
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