segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A GENEROSIDADE DO CAPITALISMO


Arte da nerdstore

Por: Porfírio Cristaldo Ayala
Em um mundo mais honesto, com muito mais freqüência se veria intelectuais, professores, artistas, jornalistas, estudantes, defendendo o capitalismo e elogiando os benefícios do sistema que derramou abundância sobre a humanidade, erradicando para sempre os pragas e a fome. Em nosso mundo a propagação das mentiras por socialistas em seus ataques implacáveis ao capitalismo prevaleceOs povos que aceitaram a propaganda socialista estão imersos na miséria. Aqueles que aceitaram o capitalismo logo comprovaram a sua generosidade e propensão a fortalecer a democracia e o estado de direito, como no Chile, Espanha, Hong.kong, Coréia, Formosa, Singapura, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, e outras.
O capitalismo é natural, não foi inventado por ninguém. Não é um dogma como o socialismo. Suas origens não remontam a Adam Smith, mas à Idade da Pedra, quando nossos ancestrais começaram a fabricar ferramentas e armas e a intercambiar produtos, em um sistema de cooperação e de divisão social do trabalho. O respeito à propriedade privada tornou possíveis a troca e o comércio. A economia de mercado é inerente à natureza humana, como a família, a língua, a religião. Surge naturalmente em qualquer grupo humano, inclusive para um náufrago que chegue a uma ilha deserta. Sua eliminação, como a supressão da família ou da religião, conduz ao infortúnio.
O capitalismo leva os povos à prosperidade porque multiplica a produtividade do esforço humano mediante a aplicação do fator trabalho aos recursos naturais. Cortando pedras, há mais de um milhão de anos o homem fabricava machados, facas, pontas de lança - bens de capital – que agilizavam a caça, a pesca e a obtenção de alimentos. Quanto mais capital se acumula em uma sociedade, maior é a produtividade e mais elevados são os salários reais das pessoas. A característica que mais se ressalta no capitalismo é a tendência à acumulação contínua de capital e o aumento da produtividade com o intercâmbio e a cooperação pacífica.
O capitalismo é a expressão da liberdade no campo econômico. A liberdade econômica é muito antiga. Os gregos já a destacavam como a qualidade de sua grande civilização, assim como o livre comércio e a abertura ao mundo. Mas muito antes, mais de 100.000 anos antes, já havia homens livres e escravos. Aqueles que gozavam de liberdade econômica eram livres e aqueles que não a tinham, eram escravos. Os primeiros eram donos de si mesmos; os outros pertenciam a seus amos, como acontece no socialismo.
As origens, as causas e os efeitos da Revolução Industrial são muito diferentes dos mitos inventados pela esquerda. Em 1740, milhões de pessoas morriam de fome na Inglaterra. Ninguém sabia o que fazer. Porém, foi nessa época que a Inglaterra deu um grande passo na direção do capitalismo: protegeu solidamente a propriedade privada, instituiu uma justiça independente e outorgou amplas liberdades econômicas, seguindo o exemplo da Holanda. Nunca mais houve fome.
As inovações tecnológicas introduzidas pelo capitalismo na Inglaterra promoveram a manufatura dos têxteis, que foram trocados por alimentos, tornando possível alimentar sua população crescente. Em 1740 pensava-se que o país nunca poderia alimentar mais de 6 milhões de habitantes. Mas apenas um século mais tarde a população chegou a 60 milhões, com um padrão de vida superior a dos monarcas do século XVIII. O capitalismo demonstrou seus benefícios e converteu a Inglaterra no país mais poderoso da terra. O êxito que obteve em todos os campos foi reconhecido pelo próprio Karl Marx no “Manifesto Comunista”.
As mentiras do socialismo deram ao capitalismo um significado tão maldoso que até os liberais evitam utilizar-se desta palavra, substituindo o termo pela expressão “economia de mercado”. Como é possível que no calor da globalização ainda sejam tão poucos os que têm a integridade e a coragem intelectual de contar a verdade, que está à vista de todos? Os povos devem saber que o capitalismo é assim, tão natural e necessário como a família e tão poderoso quanto o talento humano.

O autor é engenheiro, consultor de sistemas de energia,
graduado (Magna Cum Laude) pela Universidade da Pennsylvania (EUA),
articulista do ABC Color e correspondente no Paraguai
da Agência Interamericana de Imprensa Econômica.

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